quarta-feira, 30 de junho de 2010

Querido Diário.

Eu sinto a necessidade de te dizer uma coisa do fundo de meu coração, minha alma grita mais do que qualquer coisa: Eu não o esqueci.
Já se passou tanto tempo, tantas pessoas apareceram para mim, tantas outras foram embora. E eu ainda continuo a lembrar do mesmo rosto que vem me assombrar todas as noites. É, exatamente aquele rosto, Diário, aquele moreno, de olhos sinceros e sorriso malicioso. E por mais que esse rosto me assuste, me assombre, eu não consigo parar de pensar nele. De procurar todo e qualquer resto de mim nesse rosto.
Sabe, Diário, ontem eu o vi. E percebi que eu não o conhecia de verdade. Aquela imagem que lhe falava:
''Ele é o homem da minha vida, eu o amo mais que tudo! A pessoa mais perfeita do mundo, a única que me fez sentir assim, sentir borboletas no estômago e ao mesmo tempo implorar por água para matar minha sede, porque o que ele me faz sentir é fogo''
Esse mesmo homem me fez chorar, me fez ter um coração quebrado... O mesmo que transborda sangue frio. Enfim, eu não o conhecia. Porque esse homem dizia as mesmas coisas para a vítima atual, eram as mesmas palavras, e o olhar... AQUELE ERA O MEU OLHAR! Estava direcionado a outra...

Eu realmente não presto para essa coisa de esquecer, eu realmente acho que é ridículo ainda sentir saudades do ''em vão''(E esse termo ele se lembra.), Diário.