sexta-feira, 8 de junho de 2012

Muro de Berl...ezas


Porra! Eu gosto de você.
Não esse gostar banalizado que todos já têm gosto de dizer, mas simpatizo com você, neste sentido mesmo. Gostei de você desde o primeiro momento em que conversamos. Ri com sinceridade, sabe há quanto tempo eu não ria com sinceridade?! E mesmo nos conhecendo tão pouco, ou tentando nos encontrar em meio a tantas loucuras e desistências que o mundo colocou bem nas nossas costas, a gente se topou pra partilhar o peso. Aí desse lado, você sente tudo mais leve? Pois daqui eu sinto.

E aí que hoje eu só espero a gente se esbarrar. Forçar acaso? Ou fazer um caso? Já que hoje em dia acasos me lembram 'aos casos', ou 'ao caos', se bem que as duas frases fazem sentido nessa nossa narrativa que nem título tem. Mas eu espero nos esbarrarmos numa rua, num café, num beco. E ao caos nos entregaríamos – ou aos casos. – E, ao acaso, tocaria Oasis – ou no caso de tocar Oasis? –  Conversaríamos sobre coisas corriqueiras e eu lembraria de ‘’I think you're the same as me’’ todos os sorrisos que você já me deu e  ‘’we see things they'll never see’’ todos os seus olhares que já desviou, fazendo-me olhar ainda mais pra você.

Pensei num título pra gente, moreno. Pensei em ‘graúdo’, que é tudo o que já é desenvolvido: você. Você que é graúdo e está em um patamar acima da minha visão de perigo. Estou cega, não vê?  Tão cega e tão patética que sou, só consigo dizer que gosto muito de você. Gosto mesmo, não disse? Você apareceu e tudo o que fiz foi pedir pra você não me achar uma garota pequena, nova e mimada qualquer. Porque eu sou. Estou cega, certamente, por não ter altura o suficiente para me deparar com o tamanho do abismo que me jogo se chegar até onde está. Mas daqui de baixo eu vejo a luz do sol atravessar alguns buracos no seu cabelo e refletir no meu rosto. Aqui de baixo. E você fica tão bonito com essa áurea azul-céu-amarelo-sol-cabelo-caramelo que eu perdi meu fôlego quando fui subir um degrau e acabei ficando exatamente onde estou. Admirando ainda mais você.

Porque eu não posso fazer mais nada a você do que lhe admirar. A gente se conhece tão pouco, não é, garoto? A gente se conhece tão pouco e nesse pouco eu tentei te surpreender, mas tudo o que fiz foi te assustar porque não sei não ser intensa. Eu sei, é difícil lidar com intensidades ainda mais quando não se quer e se constrói uma muralha gigante em volta do seu próprio corpo, no caso de haver uma guerra e você estar envolvido. Lhe pedi pra abrir seu coração porque queria entrar lá dentro e descobrir cada pedacinho obscuro dele. Deixe-me iluminar suas escuridões e acabar com os seus medos? Deixe-me fazer o papel dos seus cabelos que filtram a luz do sol e projetar cores diferentes dentro da sua muralha? Deixe-me promover a queda do seu muro de Berl...ezas e eu prometo, não sou uma criança, eu lhe juro que posso colorir essa monotonia dos seus dias.

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